O Retorno

23 de março de 2009

- Sim.
-
- Hum rum!
-
- Sei.
-
- Com prazer é mais caro!
-
- Pode me chamar do que quiser.
-
- Você quer transar comigo?
- Quer chupar meus peitos?!
-
- Para de conversa fiada!
-
- Pissssssssss.
-
- Vocês podiam mudar o discurso pelo menos.
-


Continuo imóvel segurando o copo de conhaque quase a altura da boca, seu olhar era de desprezo, mas divertia-se conversando com o senhor ao seu lado que embora tentasse revelava em seus olhos seus desejos libidinosos


- Eu tenho cara de puta?
-
- TENHO CARA DE PUTA!!??
-
- Uma mulher não pode beber sozinha no bar?!
-
- Tá, tá, tá, tá,tá.
-
- Não
-
- Não
-
- Não
-
- Qual a parte do não você não ta entendendo?(tudo culpa daquele viado)
-
- Não to bêbada, não quero companhia, não preciso de ajuda muito menos proteção, não quero outra bebida, não quero sexo, não gosto de cigarros e odeio caras chatos como você!
-
- Você prefere que eu saia!
-
- Tudo bem! (nada vai estragar minha noite, não hoje)
-
- Não encosta em mim
-
- Já falei não encosta em mim!
-
- Bêbado filho da puta!
- Sou gostosa*
- Sou vaca* (sangue de barata, sangue de barata, sangue de barata, sangue de barata)
- Piranha, sim so também!
-
- Agora vaza.
-
- Meu conhaque ta esquentando. Eu não gosto de conhaque quente.
-

- Sim, é uma ameaça. (Deus se você existe mesmo, deve estar rindo de mim nesse exato momento, to ouvindo você puxando o ar pra rir mais alto, por que comigo? Por que esses timpinhos. Isso Deus, ri de mim, ri mais, continua ai no seu pedestal rindo, Eu ainda me encontro com você Deus ai descubro realmente se você é imortal) (A culpa é minha, eu devia lembrar, eu bem que tentei, mulher não pode ir ao bar, Não! Não vá ao bar, eu dizia, mas você teimava, qual o problema? Só uma dose! Só uma dose! Não vai! ah! Não vai! Vou! Eu vou!)
-
- Viado dos infernos vai embora!
-
- V A I E M B O R A.
-
-
- Não
- Vagabunda não.
-
- Ultimo aviso.
-
- Não encosta em mim
-
- N Ã O E N C O S T A E M M I M.
- F I L H O D E U M A P U T A D E S G R A Ç A D O!


Calmamente ela tomou um gole longo do seu conhaque, sentiu o cano quente em contato com sua cintura, dois tiros foram suficientes pra deixa-lo em brasa, sem remorso pulou sobre o corpo estendido no chão cravejado no peito. O cheiro de pólvora confundiu-se com os odores do fétido bar, os gritos atônitos não foram suficientes pra silenciar a música alta e brega.

Andou até o balcão debruçada sobre ele evidenciado suas curvas e chamando a atenção do pobre Barman, pegou no seu ombro um pano sujo e úmido. Sua revolta agora era com a mancha de sangue que ficou sobre a camisa branca, com a palma da mão limpou o sangue que ainda escorria pelo rosto, o sorriso malicioso, mudou para debochado quando ela chupou um dos dedos, o ar de moleca lhe permitiu lançar um beijo maldoso para um rapaz apavorado que se escondia de baixo da mesa.

Puxou a cintura da calça jeans surrada para cima e viu o reflexo no espelho da bunda crescer junto com o olhar depravado do Barman, se virou, puxou a camisa para baixo evidenciando ainda mais o decote em "V", os bicos dos seios rígidos denunciavam a excitação, as mãos apertaram os peitos endireitando os na camisa branca (quase transparente) respigada de sangue colada ao corpo. Pele branca, olhos azuis, boca vermelha, cabelo negro, curto, unhas longas, puxou a jaqueta que estava na cadeira ao lado a jogou por sobre os ombros e foi em direção a porta.
- Atenção rapazes! Cuidado (sussurrado) nem todas mulheres são indefesas. As como eu muito menos. AH! Digam a ele! A loira suicida voltou.

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